Mentalidades

Finalmente a mentalidade do nosso país está a mudar em relação às crianças!

Na semana passada fui com o pestinha fazer análises (para ver se a gula dele era falta de açucar- felizmente está tudo bem, é mesmo só gula) e fiquei muito contente por verificar que a sala de espera tinha uma mesa e brinquedos para crianças. (É que apesar de eu levar sempre qualquer coisa para o entreter os brinquedos dele fora de casa não prestam...)

Hoje fui com ele à farmácia, já preparada para o cansaço do costume, de andar atrás dele a dizer "aqui não mexe, aqui não..." ou pegar nele ao colo e ouvi-lo gritar por querer ir para o chão destruir a farmácia quando... havia lá um cantinho com uma mesa, cadeiras e brinquedos. O rapaz animou logo a farmácia ao puxar uma senhora cons uns 80 anos para lhe fazer um puzzle (jogo que ele adora mas ainda não consegue fazer, o que faz com que o meu amor por puzzles já tenha passado a ódio).

De seguida fomos ao Centro de Saúde levar mais 2 maravilhosas vacinas e lá estava também o cantinho com mesas, cadeiras e brinquedos para crianças (brinquedos a cair de podres mas deram para ele e outras crianças se entreterem).

Assim, sim!...

Sono...outra vez...

O sono do pestinha regrediu pela enésima vez...
Com todo o stress que houve nos últimos tempos ele andava cheio de pesadelos e só dormia na cama da mamã ; começou por ser só de madrugada mas foi passando gradualmente para a noite inteira. Quando o papá ficou bom do braço andou a "treiná-lo" para dormir sozinho de novo a noite inteira. Eu ia dormir até casa da minha mãe para descansar e não o ouvir gritar toda a noite.
Resultado: O pestinha voltou a dormir noites inteiras sozinho até às 9h00 da manhã.
E qual é o problema? Pois, o problema é que esta semana o papá voltou ao trabalho... e quando o pestinha vê a mamã de madrugada,... grita e grita que quer o colo dela. Resultado, hoje estou acordada desde as 6h20 (o papá sai de casa às 6h10, já não nos pode ajudar).
Eu bem que tentei as técnicas do papá mas estão-lhe reservadas... Ainda bem que o fim de semana está à porta para o papá nos salvar...

Infantário-parte II

Reforçando o post anterior:
Na semana passada fomos a uma festa de anos.
Estava lá uma moça que, depois de observar um bocado o pestinha, perguntou:
- Ele tem o quê? 22 meses?
E eu, muito babada, claro, respondi:
- 15 meses
- AH! É que eu sou educadora de infância e acho que ele tem um desenvolvimento incrível!

Na 2ª feira fomos ao pediatra que ficou doido com a quantidade de palavras que o moço já diz (gostou especialmente de o ouvir relinchar) e que disse que ele estava óptimo com a avó e para o manter lá enquanto for possível. :)
Claro que eu saí de lá toda satisfeita por ouvir uma opinião "oficial" concordar comigo que, desde a criança se esteja a desenvolver bem, nos primeiros anos beneficia com atenção individualizada.

Mudando de assunto, na semana passada fiz 30 ANOS (não, não me sinto uma velha) e adivinhem qual foi a melhor prenda? A do pestinha, claro! Pintada com os dedos dele :) Obrigada mamã :)


A prenda do papá foi irmos de "lua de mel" até à capital; foi óptimo, deu para relaxar e passear muito. Na 2ª feira, para compensar a avó e o pestinha, já que era o meu dia livre, passei o dia na paródia com o pestinha. Como o tempo estava mau, fartámo-nos de brincar às escondidas e à apanhada pela casa fora. Foi um fim de semana em cheio!

Infantário

Por vezes sinto-me uma extra-terrestre por continuar a acreditar que até aos 3 anos é melhor para as crianças ficarem com uma avó do que num infantário!

Exemplos do que ouço:

Se ele andasse no infantário ...

- não tinha tanta fome;

- não era tão enérgico;

- não era tão pegado à mãe

- convivia

O meu filhote tem a sorte de poder ficar com uma avó que foi professora até poucos meses antes de ele nascer e que lhe impõe a disciplina e regras que impunha aos seus alunos. Simultaneamente, dá-lhe o amor e atenção individualizada que só uma mãe consegue dar.

Ele dorme e come quando precisa e não quando dá mais jeito aos adultos.

Sempre que o tempo o permite passeia com a avó e vai com a mãe aos baloiços brincar com outras crianças.

A avó faz actividades lúdicas com ele, tipo pinturas, plasticina, etc (até dá prendas aos papás feitas por ele)

Temos horários flexíveis que se adequam às nossas necessidades.

Não corre grandes riscos de apanhar milhares de doenças contagiosas enquanto o organismo ainda não está suficientemente maduro.

E finalmente, na caderneta dele, o médico escreveu ÓPTIMO DESENVOLVIMENTO GERAL (não normal nem bom, óptimo!)

E depois de tudo isto, ainda tenho 95 % das pessoas a criticarem-me por ele ainda não andar no infantário?

Depois de quase um mês de ausência, cá estou eu de novo. Pois, é que mudar de casa com 2 bebés a tiracolo não é fácil... O papá já tirou o gesso dos dois braços e já é menos bebé :) O pestinha é que anda muito carente de mamã porque o tempo para ele não tem sido muito...

O rapaz adorou abrir as prendas no Natal; atirava as roupas para o chão com o maior desinteresse do mundo e dava-me as caixas com brinquedos para eu abrir. Com 14 meses já selecciona tão bem o que lhe interessa...

Entretanto, evolui diariamente a um ritmo alucinante.

Para além de mamã e papá, já diz nana (banana), gu (iogurte), colo, gô (gorro), Tá (Tiago), ó ó (embora ainda não goste de dormir...), à (obrigado), cocó (quando nos vê na sanita ou lhe mudamos a fralda), mia, ladra, cacareja, relincha, grasna,...

Ao fim de 2 dias já conhecia a casa nova de uma ponta à outra. Se é para comer vai directo à cozinha, para lavar as mãos ou os dentes corre para a casa de banho e se quer ir à rua vai ao quarto dele, pega no gorro e dirige-se para a porta da rua.

Embora de noite eu não pense assim, é uma maravilha ver a evolução deste miúdo...

Um feliz 2007 para todos, cheio de amor e alegrias